uma dose de
eros ágape philos
batido,
não chacoalhado
pouco açúcar
muito gelo
uma dose generosa de
limão
pra se embriagar por
3
noites
sem dormir
30.5.14
carolina
oi, menina. oi, meu anjo. quanto tempo que a gente não se falava, quanto tempo que o céu pareceu nublado. e eu jurava que o céu tava todinho cheio de estrelas! e nem parei pra olhar.
era poste, menina, era tudo lâmpada.
fazia tempo que não falava sozinha, que tudo o que eu fazia era pegar um celular e chorar e chorar. e vinha a voz do outro lado da linha de quem só queria meu mal e eu caía na armadilha. ô meu bem, ô minha princesa, por que que eu não voltei aqui antes? olhar teu sorriso, essa tua pintinha do lado... seria esquerdo? do rosto. é. esquerdo. eu te falei, meu bem, dele. te disse que era um querido, que me desejava bem. e tanto desejei que te deixei pra lá, que me deixei de canto. e tanto aconteceu! atravessei tempestades, intempéries, turbulências. mas tudo isso eu imagino que cê já viu e eu não vim até aqui pra contar maus bocados. eu vim aqui pra beijar seus pézinhos e escutar sua risada. vim aqui te falar que tudo bem, olha só! to forte, to linda, to limpa, to viva! meu corpo virou jardim, minha flor. parei de fumar tanto cigarro e ando viajando tanto... vi tanta coisa linda que eu queria que você tivesse olhos pra ver. olhos humanos, desses de care sangue íris e veias. mas eu sei que seus olhinhos são esses planetas que rebolam pela via-láctea lacrimosos alegres emocionados. meu amor meu anjo minha flor minha estrela.
quanto tempo que a gente não se falava.
deixa eu me aconchegar aqui sob a sua luz.
deixa que teu reflexo me abrace.
estamos juntas.
estamos bem.
29.5.14
ce sabotou minha mente, meu bem
eu vou sabotar
agora
tua vida.
não me importo que pra te
ferir
eu precise abrir
a minha ferida
tudo o que vai volta
mas não deixo o karma te
pegar
a causa da tua dor ainda ha de ser
minha
e eu nem ligo se pra te ver
chorar
eu tenha que passar toda a vida
sozinha
o rancor mata aos poucos por dentro
tudo bem
desde que eu possa
te destruir também
eu sou sobrevivente
da tua pirraça
eu pulo teus muros
eu quebro a vidraça
eu faço escandalo no meio da
Praça
da Sé
a vingança é um prato que se come
com muito
apetite.
eu vou sabotar
agora
tua vida.
não me importo que pra te
ferir
eu precise abrir
a minha ferida
tudo o que vai volta
mas não deixo o karma te
pegar
a causa da tua dor ainda ha de ser
minha
e eu nem ligo se pra te ver
chorar
eu tenha que passar toda a vida
sozinha
o rancor mata aos poucos por dentro
tudo bem
desde que eu possa
te destruir também
eu sou sobrevivente
da tua pirraça
eu pulo teus muros
eu quebro a vidraça
eu faço escandalo no meio da
Praça
da Sé
a vingança é um prato que se come
com muito
apetite.
eu sou
filha da terra e de mar bravo
a terra que treme terremoto
que guenta trovão
o mar que engole toda uma
civilização
de uma bocada
eu sou filha
do levante e da quebradeira
saida de vagina
dentada
filha de mulher
erguida
criada
filha femea
eu sou filha de deus também
esse pai ingrato
que num me criou
nem me pariu
a puta que pariu mateus que balance
mulher balança a terra
sacode a luta
vence a guerra!
filha da terra e de mar bravo
a terra que treme terremoto
que guenta trovão
o mar que engole toda uma
civilização
de uma bocada
eu sou filha
do levante e da quebradeira
saida de vagina
dentada
filha de mulher
erguida
criada
filha femea
eu sou filha de deus também
esse pai ingrato
que num me criou
nem me pariu
a puta que pariu mateus que balance
mulher balança a terra
sacode a luta
vence a guerra!
15.5.14
8.5.14
desde que te viu
meu coração não fala
- batuca -
feito uma banda inteirinha de maracatu
ele chora
ele geme
sem pronunciar uma palavra.
e eu aqui, sem entender
perguntando
"me fala, meu bem,
o que passa na sua mente?"
mas não tem mentira
e nada passa
meu coração não fala
- batuca -
feito uma banda inteirinha de maracatu
ele chora
ele geme
sem pronunciar uma palavra.
e eu aqui, sem entender
perguntando
"me fala, meu bem,
o que passa na sua mente?"
mas não tem mentira
e nada passa
eu que sempre tanto pensei
racionalizei
discursei
ponderei
pus na balança e medi
experimentei e ousei
eu que tanto
falo
dialogo
to muda
to besta
to posta
to burra
to sua
racionalizei
discursei
ponderei
pus na balança e medi
experimentei e ousei
eu que tanto
falo
dialogo
to muda
to besta
to posta
to burra
to sua
sagrado feminino
toda preta é meio noite
toda mulher é meio lua
toda deusa já passou pelo açoite
a gente é mais linda nua
toda mulher é meio lua
toda deusa já passou pelo açoite
a gente é mais linda nua
lista de desejos
quero tomar café da manhã/da madrugada ao seu lado
às 4
de cabelo armado
coração bagunçado
pelo arrepiado
provar do tato
explorar o olfato
dum quarto suado
e deixar que se espalhe o boato
que eu não sei mais fazer poesia se não
sobre paixão
às 4
de cabelo armado
coração bagunçado
pelo arrepiado
provar do tato
explorar o olfato
dum quarto suado
e deixar que se espalhe o boato
que eu não sei mais fazer poesia se não
sobre paixão
4.5.14
miojo
a cama de casal parece grande
tenho me sentindo pequena
feito mulher abandonada depois de
10 anos de casada
mas eu nunca me casei
mas eu venho estado sozinha
há um longo e bom tempo
acho que fui comprar cigarros
e nunca mais voltei.
tenho me sentindo pequena
feito mulher abandonada depois de
10 anos de casada
mas eu nunca me casei
mas eu venho estado sozinha
há um longo e bom tempo
acho que fui comprar cigarros
e nunca mais voltei.
de estrela
fecha os olhos
fala baixinho
beijo no ouvido palavras presas nos lábios
enrola o dedo
no cabelo, descabela
espero que cê não escute meu peito
disparando
disparates
de paixão de besteira de menina
despreparo
deita aqui do lado que eu
tremo
eu só sei
(só soube, a vida toda)
chorar distâncias
e agora qualquer toque
dá choque.
fala baixinho
beijo no ouvido palavras presas nos lábios
enrola o dedo
no cabelo, descabela
espero que cê não escute meu peito
disparando
disparates
de paixão de besteira de menina
despreparo
deita aqui do lado que eu
tremo
eu só sei
(só soube, a vida toda)
chorar distâncias
e agora qualquer toque
dá choque.
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