6.8.11

"Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu
sinto por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê."



Ela gosta da embriaguez das bebidas mais fortes, da encrenca, dos vagabundos por excelência, de uma liberdade quase libertina; gosta principalmente das entrelinhas, e gosta disso tudo mais que de mim... e o que eu mais gosto é ela. Menina, se você gosta tanto do subentendido, eu vou pegar aquela folha de caderno que há anos sobre você eu tanto escrevi e rabisquei, e entre duas linhas, olha: gosto tanto de você! Não passou, aquela eternidade que eu te jurei tá demorando tanto pra acabar! Se eu soubesse quebrar minha promessa com a facilidade que você me quebrou - coração, sonhos, ilusões, tudo de uma vez e com a intensidade de um fim-de-mundo. Quebrou até meus argumentos pra dizer "não, fica..."; mesmo que fosse fraquinho, mesmo com essas reticências no fim.
Ela é fria e até  um pouquinho cruel, talvez sem querer (quem sabe?). E talvez, também sem querer que ela me lê assim, como se eu fosse palavras simples. Minha alma escrita na palma de uma mãozinha pequena. Sem se arrepender das mentiras que me disse, do amor que (se tu me tinhas, era pouco e) se acabou; sem se lamentar do que era pra ter sido e não foi... mas por favor, eu lhe peço, toma aqui aquela velha folha do caderno e responde entre suas linhas: você tem saudade?

2 comentários:

  1. Menina.. gostei do que li... gostei de ti...
    não sei se sou seu publico alvo, mas você me flechou...
    Volto mais tarde, quiça para um café...
    Beijos ternos..

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