1.10.11

A janela está aberta

Tudo bem. Faz parte não saber o quanto vai sentir falta. Só hoje eu sei, só hoje eu sinto, só hoje eu me lembro de como era... enforcar o tempo nos corredores, surrupiar o café quente e forte da sala dos professores, jogar conversa fora com o monitor que, cá pra nós, era mais amigo do que funcionário. Saudade mata, mas é que mata por dentro, bem devagarinho, como se a gente tivesse vivendo ao contrário e morrer fosse muito bom - como se a gente fosse se reencontrar, no céu, com toda coisa gostosa que já passou. E o amor prevalece. A menina dos olhos verdes, dela eu não quero nunca sentir esse tipo de saudade. Mas eu sinto, confesso, a cada minuto em que ela não está (e, meu Deus! são tantos!). Isso aqui não é poesia, poema, conto ou prosa. São frases soltas que eu juntei pra falar de mim, dela, de mim e dela e de tanta coisa... se a menina chama de "bolacha" o que eu chamo de biscoito e discorda cá em uma ou outra canção que eu, pessoalmente, considero genial - tudo bem! Tudo bem, meu bem, se eu a amo tanto. 
Se chove lá fora, eu não sei. Vergonhosamente, confesso que ando trancafiada em meu quarto, com meus livros, meus pensamentos (esses sim, vagam há muitos quilômetros de distância e além dos mares), meus perfumes, incensos e caos pessoal. A janela está aberta e não está. Pela primeira vez, não quero deixar entrar nada novo, eu acho. Sinto-me plena, em harmonia e paz. Choro, deságuo, desabo - sim, me desespero como qualquer ser humano comum. Mas afirmo, repito: sinto-me plena, em harmonia e paz. Sinto-me em ti. Sinto-te em mim. A janela está aberta, caso queira entrar por ela.

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