25.10.11

Désespoir Agréable

Vinte e três minutos gradualmente se convertem em dois. Gradualmente e depois rapidamente e depois de uma vez só, mil trezentos e oitenta segundos transformados em um turbilhão de lembranças sensações e míseros (não chegam nem mesmo a ser) instantes! As páginas do livro se desfazem. Sinto-falta-de. Désespoir Agréable é o nome da música - só o piano, ouve só que delícia, logo eu que sempre detestei a falta de palavras e esse silêncio calculado não estivesse em em alguma cena triste de um drama água-com-açúcar hollywoodiano.  Logo a amante das palavras e dos versos de pé-[pernas-braços-pulsos- cabeça-coluna]quebrado, escutando a mesma melodia sem-letra-mas-com-tanto-a-dizer! repetidamente. As letras escorrem por entre os meus dedos e - vejam só! apanho antes que caia no chão a essência de algum grande autor da contracultura, do grande movimento flower power o qual nunca chegarei aos pés. Escrevo pra que meus versos permaneçam tão mudos quanto os desse instrumental: com tanto a dizer! porra, com tanto a dizer.

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