26.4.11

CARTA PARA MIM MESMA

Lembre-se sempre de quem você é, de quem você quer ser e crie uma síntese. Acredite -  no deus amor, no bem, na justiça ou em você, só não deixe o ceticismo drenar a sua alma. Se ame, mas não tanto a ponto de se considerar tão boa e não se permitir progredir. Se corrija, mas seja misericordiosa. Você não tem o poder de se punir e isso não cabe a você. Alimente a fé, a esperança e o amor. Ore, mesmo quando não souber as palavras certas. Arrependa-se - se os teus erros te tornaram quem és, muito provavelmente a pessoa que você é hoje não iria querer errar. Exija de si mesma apenas o bastante, nem demais, nem de menos; não se obrigue a ser melhor do que você pode ser, e também não seja pior que isso. A sabedoria é maior que a inteligência, a virtude é maior que o talento, a fé é maior que a força e o amor é maior que tudo isso. Jamais, jamais esqueça do amor, o primeiro, maior e mais importante dos mandamentos. Os meios são perdoados se o fim for o amor. Sinta com intensidade, as coisas boas e as ruins, porque é isso que vai lapidar a sua personalidade. Organize seus pensamentos e nem sempre faça o que eles mandarem. Enlouqueça quando for necessário, mas não perca a cabeça. Estabeleça um equilíbrio entre seus instintos e a sua sensatez. Fuja do ódio. A raiva é saudável, mas o ódio apenas destrói. Quando todos os seus desesperos, mágoas, fúrias, medos, inseguranças, traumas e tristezas cozinharem e borbulharem em sangue quente, abaixe o fogo ao invés de atiçá-lo. Não induza a explosão dos seus próprios sentimentos. Contenha-se em si mesma. Não se conforme. Respire. Respeite. Leia mais, cante mais, dance como se não estivessem vendo. Não tenha medo de mostrar seu rosto. Aprecie sua própria companhia. Aprecie a destruição, porque em todo final existe a beleza de um recomeço. Não existe só o seu ponto de vista e você não é a dona da verdade. Pregue a liberdade, a beleza, a verdade (mesmo que seja a sua), e o amor. De novo o amor, sempre o amor. Quebre e recrie. Creia no pra sempre, deseje-o, almeje-o, mesmo sem a certeza de que ele existe. Busque a eternidade. Busque a felicidade. Não se apegue à essa melancolia de beleza falsa e brilhante. E viva o hoje. O amanhã não existe, nunca existiu. 

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