27.4.11

PEQUENA

Pequena, eu perdôo. Entendo que toda a confusão nos seus pensamentos sempre te levam às piores decisões. Afinal, você se decidiu por mim, não foi? Você errou, é verdade. Mas também é verdade que todo mundo trai, todo mundo mente e se engana, e cabe ao amor liberar o perdão. Você vai ter que me perdoar, também, já que quem além de você, quem conhece cada um dos meus defeitos incorrigíveis? Principalmente essa mania que você odeia de sempre partir. Eu já tinha te avisado pra jamais amar um animal selvagem, mesmo que ele já esteja encantado por você (como eu juro que estou). Mas eu já te disse uma vez, vou dizer de novo: meu coração sempre voa de volta para você. A pequena princesa me cativou, não há como negar.
Pois saiba que eu não vou te fazer o que você me fez, esteja certa disso. Fique sabendo que eu não pretendo enganar ninguém. Sempre tenho um milhão de falsos amores, me tornaram desse jeito, não páro a minha vida por nada e te aconselho que você também não pare: vamos andando; corra, se tiver vontade; pode ir mais devagar, se cansar - mas não se detenha.
Lá na frente a gente se encontra e divide o último cigarro do maço, divide o último gole do vinho, te entrego o restinho da minha lúcidez e me entrego de uma vez à minha loucura por você. Espera só mais um pouquinho - ou talvez bem mais que isso - até nossos caminhos se cruzarem. Até as retas paralelas se encontram no infinito.

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