26.4.11

(pra recordar, parte II)

Um cigarro atrás da orelha, um perfume só seu, gosto de cerveja, olhos multifásicos, furta-cor - verdes, âmbar, marrons. Eu gosto de você, talvez até demais. Gosto de um jeito que me acrescenta. Por gostar de gostar, por querer, por pensar em nós dois mesmo quando há tanto a se fazer (textos a serem lidos, aulas a serem assistidas e eu te encontrando em tudo).
É verdade que eu errei em tantas coisas, fui imprudente com meus sentimentos e com os de tantos outros! Mas devo ter feito alguma coisa boa, afinal. Perder uma aposta e ainda assim me sentir tão bem… você foi o palpite certo. E graças aos meus erros, a todo o meu sofrimento, aos caminhos tortuosos que me trouxeram até você. Isso se tornou um vício como o fôlego dos meus pulmões - não o ar, entenda, mas o fôlego pra correr, cantar, rir, tudo ao mesmo tempo. Seu sorriso torto, seus cabelos bagunçados,  suas mãos úmidas, o cheiro do seu moletom,  frases soltas que conseguem a façanha de me deixar sem palavras. É tão simples, de uma forma que eu nunca pensei que aconteceria. Digamos que essa é a minha surpresa favorita.
E que se não houver um céu ao fim de todas as coisas (sei que não acredita que exista mesmo), tenho sorte de que haja um quando estou com você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário